Nova capa do livro 'Sobre garotos que beijam garotos'
Atualizado: Jan 26
Meu segundo livro publicado oficialmente, o romance LGBT+ Sobre garotos que beijam garotos, existe há 5 anos e já passou por duas grandes mudanças.
A primeira grande mudança foi em 2015, um ano depois de eu tê-lo publicado sozinho pela Amazon Kindle, quando as editoras LeYa e Casa da Palavra se interessam em republicar Sobre garotos que beijam garotos debaixo do selo Flupp delas.
Eu aceitei, e foi quando a capa original foi trocada pela foto de um barbudo com a bandeira LGBT+ sobre ele, olha na imagem:

No início tudo estava ótimo, até lancei Sobre garotos que beijam garotos na XVII Bienal do Livro do Rio de Janeiro, e o canal Enrique Sem H estava bombando com meus vídeos escrachados sobre sexualidade, o que fez os livros venderem bem.
O problema com as editoras começou quando me senti privado de verificar dados importantes sobre as vendas e nossa comunicação subitamente se tornou impossível. Eu era um autor amador de 22 anos, não sabia como o mercado literário funcionava, e aprender com eles seria parte do negócio também - mas nenhuma promessa foi mantida.
Em 2016 pedi o cancelamento do contrato, cortamos vínculos, mas as editoras continuam vendendo as edições restantes de Sobre garotos que beijam garotos com a capa do barbudo colorido - e eu não ganho nada por essas vendas.
Ou seja: se você quer comprar meus livros pra motivar minha escrita, é melhor comprar apenas os livros digitais da minha loja - de nenhum outro lugar.
Depois do cancelamento, como "homenagem" à minha propriedade artística e à capa original do livro quando foi lançado, passei a usar a capa amarela:

Foi triste abandonar a bandeira LGBT+ e tornar a capa tão pouco corajosa só pra prestar homenagem ao passado. Assim recuperei a essência de Sobre garotos que beijam garotos com essa capa nova - e final:

Fica explicado o porquê desse troca-troca: os bastidores de Sobre garotos que beijam garotos são tão intensos, ácidos e didáticos quanto o romance selvagem entre Enzo e Ian dentro do livro.
Fica difícil saber se arte imita vida ou se vida imita arte... ■